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VOCÊ É PATO OU PAVÃO?

Iniciamos este novo espaço, com a indagação acima.

            Temos vivenciado nos últimos anos, uma monumental transformação no mercado cada vez mais competitivo. Temos observado a incansável busca do profissional moderno em tornar-se cada vez mais generalista, ou seja, quanto mais eu agregar conhecimento, mais pareço me tornar um profissional diferenciado, um profissional capaz de superar e adaptar-se a estas transformações significativas.

Mas...

            ...ao mesmo tempo, temos observado que estes mesmos profissionais possuem uma visão um tanto quanto equivocada do que seria esta busca constante do conhecimento. Entendendo que, devemos absorver o máximo de informação possível, sem ao menos filtrar as quais seriam realmente interessantes e aplicáveis ao nosso dia-a-dia. Tornando-se verdadeiros depósitos de informações, muitas vezes inúteis.

E neste momento vem a sua pergunta:

TÁ, MAS E O QUE ISTO TEM A VER COM O PATO E O PAVÃO?

E eu respondo:

TUDO A VER

            Pois estes profissionais, acreditando que, buscando o máximo de informações possíveis, se tornariam verdadeiros PATOS – Um animal que sabe NADAR, VOAR E CAMINHAR. O que numa avaliação precipitada, concluiríamos ser um animal multifuncional ou um profissional multifuncional. Mero engano, pois se analisarmos profundamente estas habilidades do pato, concluiremos que ele nada muito lentamente, voa por um tempo nada considerável, por ocasião do seu peso, e caminha sem nenhuma maestria. Já o profissional se torna um generalista, mas sem nenhum ponto que o destaque no meio da multidão.

            Agora, pensemos um pouco no PAVÃO – um animal que comparado ao pato, não sabe voar como o pato, não sabe nadar como o pato, mas sem nenhuma dúvida para os outros animais e para o ser humano, caminha com maestria e com certeza isto o destaca diante de muitos.

            Concluindo este pensamento, podemos entender que o que falta para o profissional moderno não é obter o máximo de informação, de conhecimento possível, pois isso não lhe falta. Mas otimizar, filtrar este conhecimento e, principalmente,  encontrar dentro desta busca, alguma habilidade, algum talento, que o destaque dos demais profissionais. Assim como o pavão.

Obrigado!!

Jeferson Gonçalves!!

SÍNDROME DE EVILÁZIO

Olá amigos,

          Gostaria de iniciar este artigo confessando que sou um noveleiro de carteirinha. Sim, confesso que quando estou em casa a noite, uma das conversas é sobre o capítulo do dia. Costumo comentar em minhas aulas que assistir a uma novela é sadio, pois segundo os especialistas, devemos de vez em quando assistir algo que não exiga tanto da nossa intelectualidade.

          Mas convenhamos, se olharmos uma novela com um olhar clínico, um olhar crítico e um olhar comparativo a nossa realidade. Podemos identificar muitas situações que se assemelham com o nosso dia a dia e com a nossa busca profissional.

Por exemplo:

          Quero destacar aqui uma cena em específico, de uma novela que recentemente acabou – DUAS CARAS. Se puxarmos um pouco pela nossa memória, lembraremos que existia a tão conturbada favela da Portelinha. Gerenciada e completamente vigiada pelo seu fundador – JUVENAL ANTENA (um referencial para todos que ali vivam).

          Juvenal tinha como braço direito, o seu afilhado – EVILÁZIO – que se casou com Júlia (uma menina de classe completamente diferente da sua).

Sim, mas vocês devem estar perguntando: Onde tu queres chegar ¿

Certo dia, Júlia fez ao Evilázio a seguinte pergunta: O QUE VOCE QUER SER NO FUTURO ¿

E ele, mais do que prontamente respondeu em alto e bom som – QUERO SER IGUAL AO MEU PADRINHO

Ela, inteligentemente, elogiou sua determinação. Porém, mais inteligentemente ainda, aconselhou-o, dizendo:

          Você tem todo o direito de ser aquilo que desejas ser. Porém, deves conhecer a realidade fora da favela e posterior a isto, definir se realmente queres ser igual ao seu padrinho.

          Direcionemos agora este diálogo a nossa realidade. Quantos de nós possuímos apenas um referencial de vida, um referencial profissional, temos acesso apenas a uma versão da realidade e que baseado neste referencial, construímos o nosso objetivo a ser conquistado¿

          Será que não devíamos questionar o porquê das coisas¿ Será que não devíamos argumentar¿ Será que não devíamos buscar mais informações sobre o que nos interessa¿

Ou será que devemos permitir a nossa permanência na ignorância de um mundo único e nos alienarmos a ele¿

Concluímos este artigo deixando esta reflexão:

          Será que não estamos decidindo ser espelhos de Juvenal Antena e nem se quer nos dando o direito de sermos aquilo o que realmente queremos ser¿

Abraços!

Jeferson Gonçalves 

TARTARUGA NO ARAME

     Olá caros colegas. Gostaria de convidá-los a refletir, NÃO sobre as diversas teorias e/ou conceitos apresentados pela administração, mas sobre um especificamente. O velho e bom CHA.  

     Temos visto diversas teorias com relação à gestão de pessoas no que diz respeito ao desenvolvimento humano. Mas, se analisarmos profundamente estas diversas teorias, vamos chegar à conclusão de que nada mais é do que o velho e bom CHA com uma nova roupagem.

Onde, para um profissional ser considerado completo, ele precisa de:

C – conhecimento - saber

H – habilidade – saber fazer

A – atitude – querer saber mais

     Ora! Caímos na percepção de muitos de vocês, no óbvio. E com certeza eu não seria insano de discordar deste óbvio. Mas, o que gostaria de chamar a atenção nesta reflexão é que devemos procurar não nos tornar – TARTARUGAS NO ARAME.

QUE, TARTARUGAS NO ARAME?

     Isso mesmo, tartarugas no arame. Para entendermos melhor este conceito, convido-os a um exercício de memória.

     Pense! Se estivéssemos numa estrada, indo para alguma cidadezinha do interior e avistássemos uma cerca de arame e, numa certa altura desta cerca, avistássemos algo pendurado no arame. Ao chegarmos perto, percebêssemos que se tratava de uma tartaruga pendurada no arame.

Pergunto:

QUAL SERIA A PRIMEIRA COISA QUE VOCÊ PENSARIA AO AVISTAR ESTA CENA?

Bom, embora eu não seja considerado um gênio da humanidade, não teria dificuldade nenhuma de concluir que a primeira coisa que você pensaria é:

QUEM COLOCOU ESTE ANIMAL ALI?

Agora pensemos juntos: Falando em termos profissionais, quantas tartarugas no arame possuem no mercado de trabalho?

     Pessoas que, assim como a tartaruga, não possuem o Conhecimento, a Habilidade e muito menos Atitude para estarem onde estão. Pessoas que precisam que alguém as coloque ali, pois não têm competência para exercerem suas atividades, e assim como as tartarugas, não apresentam condições nenhuma de estarem na posição em que se encontram.

Por isso, encerro este texto, deixando esta reflexão a todos.

“TARTARUGAS NO ARAME” JAMAIS!

Que a busca do saber, do saber fazer e, principalmente, do querer saber mais, torne-se uma constante, para nos tornarmos merecedores e sermos reconhecidos como a pessoa certa no lugar certo.

Abraços! Jeferson Gonçalves!